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Estações do monotrilho são ocupadas por moradores de rua

Três das cinco estações do monotrilho ao longo das avenidas João Pinheiro e Mansur Frayha, em Poços de Caldas, foram ocupadas por moradores de rua. Até um cadeirante está morando em uma das plataformas.

As estações viraram moradias improvisadas – foto Poçoscom.com/Roni Bispo

As estações, que deveriam servir para o embarque e desembarque de passageiros caso o monotrilho estivesse em operação, tornaram-se moradias improvisadas de pessoas que ficam nos principais semáforos das vias.

Comerciantes ao longo das avenidas e pessoas que costumam fazer caminhadas ao lado da ciclovia estão apreensivos. Basta entardecer que os pedintes retornam para as estações e ali fazem uso de bebida alcoólica e até mesmo de drogas.

Cobertores viraram paredes para proteger os moradores do frio – foto Poçoscom.com/Roni Bispo

De acordo com a secretária municipal de Promoção Social, Luzia Teixeira Martins, diariamente uma equipe de assistência social vai até o local para abordagem dos pedintes, mas eles se recusam a ir para o abrigo credenciado pela Prefeitura. “Frequentemente temos abordado não só estes moradores em situação de rua bem como outros espalhados pela cidade. Porém, a maioria prefere ficar nas ruas, alguns pelo fato das restrições impostas para a permanência deles nos abrigos, onde o uso de drogas e bebida alcoólica não é permitido. Infelizmente, não podemos obrigar as pessoas a irem para os abrigos. Mesmo as que vão uma vez ou outra para o abrigo, no dia seguinte estão nas ruas novamente”, explica a secretária.

Ainda segundo Luzia, o fato da pessoa estar alcoolizada não impede que ela seja encaminhada para o abrigo.

A secretária afirmou também que, ao longo desta gestão, as vagas no abrigo, albergue e casa de passagem tiveram um aumento de 54%, totalizando 170 vagas disponíveis para pessoas em situação de rua ou que estão de passagem pelo município. A demanda de abordagens é em torno de 45 pessoas por dia.
Para a secretária, uma forma de combater a permanência das pessoas nas ruas ou em moradias improvisadas em estruturas abandonadas, como o caso do monotrilho, é evitar dar esmolas para os pedintes. “A esmola atrapalha em muito o trabalho da abordagem, pois os pedintes dizem que têm tudo que precisam nas ruas já que com o dinheiro conseguem comprar alimento e muitas vezes bebida alcoólica e até mesmo a droga, para quem é dependente químico. Por isso é importante que a população se conscientize e não doe esmola”, finalizou Luzia Teixeira Martins.

Caso seja abordado por uma pessoa em situação de rua você pode entrar em contato com o Serviço de Abordagem Social pelos telefones 156 e 3697-2645.

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