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Histórias do Carnaval: pessoas que aproveitam o feriado para trabalhar

Por Rose Lino

Cidade lotada, eventos em toda parte, muita música e um clima de descontração. Para a maioria das pessoas é hora de brincar, se divertir mas tem muita gente que aproveita mesmo para deixar de lado a folia e trabalhar.

Viviane espera que emprego temporário no Carnaval se transforme em definitivo – foto Rose Lino

Com Viviane Inglez, de 24 anos o período foi uma oportunidade de conseguir emprego. Na verdade ainda temporário, mas que já a deixou muito feliz. Ela foi contratada para trabalhar como camareira de um hotel de domingo a quarta-feira. Esta foi a primeira experiência na área mas que a jovem agarrou apesar dos amigos que costumam chamá-la para passear. “Eu nunca gostei muito de Carnaval e me sinto útil prestando um serviço no hotel entre 8h30 e 17h. Estou aprendendo e tendo a chance mostrar meu trabalho.”

Para os músicos da Banda Candiera, o baterista Douglas Maiochi e o baixista Gabriel Penteado trabalhar no Carnaval é unir o útil ao agradável, afinal a música que fazem alegra os foliões e cativa o público cada vez mais fiel. Os músicos chegaram logo no começo da tarde da terça feira para passar o som e deixar tudo pronto para a apresentação especial da noite. A Banda que ainda é formada pelos músicos Lucas Decat, Maicon Morais e Fernando Peneteado, foi a encarregada de encerrar o Carnaval de rua em Poços de Caldas, na Praça Dom Pedro II, Praça dos Macacos.

Músicos são os mais requisitados no carnaval – foto Rose Lino

A Banda Candiera ainda se apresentou em outras cidades. “Pra nós não existe Carnaval sem estar trabalhando e o ritmo é intenso já há 12 anos com o compromisso cada vez maior com cada plateia e o repertório”.

E o cantor Antônio Jacinto dos Santos, mais conhecido como Limão tem dupla jornada de trabalho durante o Carnaval. Durante o dia faz doces que já conquistaram inclusive turistas de outros países. Os favoritos são o doce de leite e o pé de moleque, feitos na hora. Ele vende na Fearpo (Feira de Artesanato de Poços de Caldas) e em outro ponto no centro da cidade durante a semana. Além disto, ajuda a animar as noites na Rua São Paulo, próximo á Praça Pedro Sanches onde um grupo de amigos organizou o som ao vivo com banda entre 16h e 23h, sucesso e cachê garantidos.

Limão faz dupla jornada como vendedor e cantor no carnaval – foto Rose Lino

“Eu canto e toco desde os 16 anos de idade e faço e vendo doces há mais de 20 anos. Trabalhar e atender às pessoas é um prazer. Gosto muito de receber os turistas e os amigos e assim o Carnaval é especial para melhorar a renda e fidelizar meus clientes”, comenta. Histórias de Carnaval que inspiram e trazem esperança para os outros dias do ano.

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