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Monotrilho é uma das principais causas da queda de árvore na João Pinheiro, diz engenheiro

Durante uma vistoria em algumas árvores ao longo da Avenida João Pinheiro, realizada na manhã desta sexta-feira, o engenheiro florestal do departamento de Parques e Jardins da Secretaria de Serviços Públicos, Carlos Alberto Penteado Batezini, constatou que pelo menos 30% das árvores plantadas na avenida estão condenadas e correm o risco de cair.

Após queda de árvore outras 3 tiveram de ser cortadas
Após queda de árvore no sábado passado, outras 3 tiveram de ser cortadas

Uma das principais causas apontadas pelo engenheiro é a presença da estrutura do monotrilho. Segundo o engenheiro as árvores e o monotrilho estão disputando o mesmo espaço. “Como o monotrilho é de concreto, as árvores precisam se curvar em busca do sol e até mesmo para o crescimento. este encurvamento tem feito com que se direcione para a pista saindo do plumo e consequentemente causando a instabilidade e ai a queda é inevitável, mesmo a planta estando saudável”, explicou o engenheiro.

Foi o que aconteceu com uma árvore da espécie conhecida como Sete Cascas no sábado passado. A planta de aproximadamente 15 metros caiu sobre a avenida, interditando o transito por cerca de 4 horas. Felizmente ninguém ficou ferido. Outras 3 árvores próximas a que caiu tiveram de ser cortada, pois também corriam o risco de cair.

Árvores estão disputando espaço com o monotrilho
Árvores estão disputando espaço com o monotrilho

A queda da árvore chamou atenção do Departamento de Parques e Jardins, por isso esta vistoria está sendo realizada. Ainda segundo o engenheiro as árvores de espécies Jacarandá Mimoso, Sete Cascas plantadas há mais de 80 anos, hoje está inadequadas à situação em que hoje a avenida se encontra, com um fluxo de veículos mais intenso.

Outro problema detectado durante a vistoria foi a forma em que vem sendo feita a capina no entorno da avenida. Algumas já apresentam desgastes por conta de cortes feitos junto aos troncos por roçadeiras utilizadas no serviço. “Isso terá de ser mudado junto à Secretaria para que deixemos de danificar e ferir as árvores e assim evitar a morte delas,” ressaltou o engenheiro.

Sem ter para onde ir, raízes ficam expostas e aumentam o risco de acidente
Sem ter para onde ir, raízes ficam expostas e aumentam o risco de acidente

Após a vistoria o engenheiro constatou que o risco de novas quedas é eminente e por isso terá de ser feita a remoção de pelo menos 30 árvores nos próximos 20 dias. “Não vamos esperar por mais uma queda, infelizmente existe o risco e precisamos evitar que uma árvore caia sobre um carro e até mesmo sobre as pessoas que fazem caminhada ao longo da avenida”, enfatizou Carlos Batezini.

Após a remoção, segundo o engenheiro espécies mais apropriadas para avenida deverão ser plantadas como o Ingá e Ipês Roxo e Amarelo.

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