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Secretaria de Saúde afasta enfermeira das atividades na UPA

Após a prisão de uma enfermeira da Unidade de Pronto Atendimento de Poços de Caldas por ter ameaçado uma policial militar, a Secretaria Municipal de Saúde, emitiu uma nota no início da tarde desta segunda-feira, 4, comunicando o afastamento preventivo da enfermeira das funções na UPA.
Secretaria de Saúde vai instaurar sindicância e processo administrativo para apurar o caso

De acordo com a nota, serão instaurados uma sindicância e um processo administrativo para apuração dos fatos.

Entenda o caso:

A enfermeira de 33 anos foi presa na madrugada de sábado, 2, depois de ameaçar uma policial militar que estava em serviço na Praça Dom Pedro II durante evento do carnaval.

Por volta das 2 horas da manhã a enfermeira sem motivos aparentes empurrou a sargento da PM e começou a xingá-la usando palavras de baixo calão. A autora foi detida e encaminhada à sede da 162 Companhia da PM no alto da Rua Assis. Durante o caminho ela começou a gritar. “Eu trabalho na UPA, vocês levam porcaria para a gente; ainda bem que lá a gente deixa um tanto morrer e eu espero que numa dessa a próxima seja a mãe de vocês, seus vagabundos”, gritava enfermeira. Quando chegou na 162 Cia, a enfermeira continuou a xingar a militar e ai passou a ameaçá-la. “Eu vou acabar com a sua vida e o seu nome. Vocês não têm competência para prender bandido. Eu espero que algum parente seu vá parar na UPA e caia na minha mão, para eu deixar morrer”, disse a enfermeira. As ameaças foram registradas no boletim de ocorrência.  A enfermeira assinou um termo circunstanciado de ocorrência e foi liberada em seguida. Enfermeira nega que ameaçou PM e diz que prisão foi abuso de autoridade A enfermeira de 33 anos presa na madrugada de sábado, que prefere não se identificar, nega ter ameaçado a sargento da Polícia Militar.  Por telefone, ela contou ao Poçoscom.com que estava de folga e estava indo embora com sua esposa de 31 anos, no momento em que iam encontrar com amigos no carro, quando um homem assediou a esposa dela e a mesa o empurrou. O homem caiu no chão quase que em frente do local onde a PM montou uma base na Praça Pedro Sanches. De acordo com a enfermeira, a sargento vendo o empurrão, segurou a esposa dela pelo braço e a enfermeira segurou o braço da militar para que soltasse a esposa. “Foi muito rápido, quando peguei no braço da PM ela já pegou o meu braço e colocou para trás e me levou para viatura. Eu disse pra ela que a minha esposa não fez nada e que o homem tinha assediado ela. Nisso já fomos para a Companhia que fica na Assis, eu fiquei muito nervosa com que estava acontecendo”, disse a enfermeira. Ela nega que ameaçou a militar e que tenha falado que deixava pessoas morrerem na UPA. “O que eu disse foi que eles não têm competência pra prender bandidos e prendem apenas bêbados e os levam pra UPA e os deixa lá. Muitas vezes temos que parar de socorrer uma vítima para atender eles. Em momento algum ameacei a militar ou alguém da família. Eu apenas a provoquei pois achei que a minha prisão foi um abuso de autoridade, e muito menos que deixamos morrer gente na UPA,” relatou a enfermeira que diz estar ainda abalada e que já está consultando um advogado para saber quais providências pode tomar em relação ao caso.

 

Leia a nota na íntegra:

Com relação à ocorrência registrada pela Polícia Militar, envolvendo uma enfermeira da UPA, a Unidade de Pronto Atendimento, a Secretaria Municipal de Saúde informa que a servidora que trabalhava na Sala Vermelha da Unidade, foi afastada preventivamente de suas funções na UPA. Uma sindicância e um processo administrativo serão feitos para apuração dos fatos. A UPA é a unidade de saúde de Poços de Caldas que mais recebe pacientes. Em 2018, foram 1.056.359 (um milhão 56 mil 359) atendimentos prestados, somando consultas médicas, procedimentos de enfermagem, exames e administração de medicamentos. Os números demonstram a dedicação dos profissionais da UPA com a população atendida e o comprometimento em salvar vidas.

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