Política

Servidores optam por retirada de cláusula para não perder mais benefícios do Acordo Coletivo

A decisão foi tomada durante a Assembleia Extraordinária realizada no início da noite desta segunda-feira, 21, na sede própria do Sindicato dos Servidores Municipais de Poços de Caldas – Sindserv.

Das 80 cláusulas do Acordo Coletivo a 32ª foi retirada contra vontade dos servidores

Em pauta estava discussão pela retirada ou manutenção da Cláusula 32 que trata da aplicação do divisor 150 na hora extra para quem trabalha 6 horas por dia.

Desde abril deste ano a Administração não vem mais utilizando este divisor por entender que ele gera um acréscimo considerável na folha de pagamento com as horas extras, conforme explicou o Procurador Geral do Município na semana passada. Segundo Fábio Camargo, a medida é um ajustamento com a Justiça do Trabalho que determina a utilização do divisor 180. “E considerar o descanso semanal remunerado, o município está pagando 25% a mais do que é devido aos servidores. Prática que vinha acontecendo há pelo menos 8 anos”, destacou o Procurador.

De acordo com a presidente do Sindserv, Marieta Carneiro, durante a Assembleia os servidores decidiram pela aprovação da assinatura do Acordo Coletivo, mesmo com a retirada da Cláusula 32. “Os servidores entenderam que terão prejuízo com a redução do valor da hora extra. A hora extra do servidor ficará mais barata. Diante disso o sindicato vai ingressar uma ação coletiva na tentativa de manter o divisor 150 como direito adquirido”, enfatizou a presidente.

Servidores aprovaram a assinatura do Acordo Coletivo para não perderem mais benefícios

Ainda segundo Marieta, os servidores entenderam que se não aprovassem a assinatura eles iriam perder todos os direitos trabalhistas conquistados via Acordo Coletivo. ”Ao todo são 80 clausulas e foi retirada apenas 1 ficando 79 que muito beneficia os trabalhadores. Entendemos que foi uma jogada por parte da Administração e caso não assinássemos o Acordo Coletivo 2018/2019 mais benefícios seriam perdidos”, avaliou Marieta.

A decisão deixou a maioria dos servidores descontentes, principalmente os da área da Saúde. ”Entendemos que é uma desvalorização do serviço prestado pelos servidores municipais. As horas extras são feitas por necessidade do Município e como uma prestação à comunidade como um todo. Fica ai o repúdio da entidade sindical, por entender que a Administração Pública comprou a ideia e está colocando em prática a retirada dos direitos trabalhistas conquistados pelos trabalhadores nas últimas décadas,” finalizou a presidente.

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